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Alteração em projeto da Linha 6 do Metrô preserva sede da Vai-Vai

Metrô-VaiVaiPatrimônio cultural do bairro do Bixiga, a G.R.E.S Vai-Vai viveu um drama nos últimos anos ao tomar conhecimento que sua sede, localizada na Rua São Vicente, teria de ceder espaço para a Estação 14 Bis da Linha 6 Metrô paulistano. A confusão se arrastou por mais de dois anos, com o imóvel da escola sendo alvo de desapropriação, mas uma mudança no método construtivo salvou a escola.

A Estação 14 Bis não deixa de ser localizada na praça que a batiza, mas a mudança permitiu que o poço de acesso às plataformas tenha sido alterado para a esquina da Rua Manuel Dutra, em um antigo posto de gasolina, já desapropriado e desativado. Assim sendo, o imóvel sede da Vai-Vai deixa de ser declarado como sendo de interesse para o poder público.

“Desta forma, o projeto da Linha 6 atende a um pleito cultural importante da comunidade ao manter a tradicional escola de samba, com mais de 60 anos de vida, no bairro do Bixiga”, afirma ao Portal do Bixiga a assessoria da concessionária Move São Paulo, responsável pela construção e operação da Linha 6, que ainda informa que as obras no local devem começar no segundo semestre. “Conforme o cronograma, as obras terão início em julho de 2016.”

Um imóvel na região do Anhangabau chegou a ser oferecido para a Vai-Vai construir uma nova sede, mas temendo a alta movimentação de pessoas e o horário estendido dos eventos, os moradores protestaram contra a chegada da escola de samba, obrigando a agremiação a pensar em uma alternativa, que agora não se faz mais necessária.

Ainda sobre a passagem da Linha 6 pelo bairro, tapumes já podem ser vistos embaixo do Viaduto Doutor Plínio de Queiroz, onde haverão acessos para os pontos de ônibus que compõem o corredor 9 de Julho. O quarteirão entre a Avenida Brigadeiro Luis Antônio e as ruas Pedroso e a Rui Barbosa, onde se localizará a Estação Bela Vista, já teve imóveis desapropriados.metrô-l-larannja

A Linha 6-Laranja é a primeira a ser realizada em PPP, Parceria Público Privada, integral, em que a Concessionária Move São Paulo, vencedora da licitação, é responsável pela construção, manutenção e operação da linha. O contrato de concessão foi assinado em dezembro de 2013 e o prazo da concessão de 25 anos teve início em maio de 2014.

Serão 15,3 km e 15 estações, que vão ligar a Brasilândia à estação São Joaquim (Linha 1-Azul), conectando-se também às estações Higienópolis-Mackenzie (Linha 4-Amarela), e Água Branca (linhas 7-Rubi e 8-Diamante). Todas as estações serão inauguradas simultaneamente. A previsão é que quando entrar em operação, a linha transporte 633 mil passageiros por dia. O investimento total é de R$ 9,9 bilhões.

Carlos Garcia – da redação.