Arcos da Rua Jandaia são restaurados e voltam a ter sua arte e história revelados
As obras de restauração dos ‘Arcos da Rua Jandaia‘ foram concluídas na última segunda-feira, dia 03 de julho. O objetivo foi valorizar as características originais do conjunto, que utilizava tijolos de calcário visíveis, tecnologia que era utilizada nos primeiros tipos de construção na cidade.
Situados entre a Rua Jandaia e a Praça dos Artesãos Calabreses, e também conhecidos como ‘Arcos do Bixiga’ ou ‘Arcos do Jânio’, essa importante estrutura arquitetônica é um patrimônio da cidade (tombada pelo CONPRESP em 2002) e marca a história dos imigrantes italianos em São Paulo. A obra é composta por 21 módulos, em arcos separados por pilastras, e chegam a 11 metros em seu ponto mais alto.
A restauração incluiu serviços de limpeza da superfície, a remoção dos grafites existentes e tratamento de trincas e fissuras. As paredes ganharam proteção de produtos antipichação e diversas câmeras de segurança estão sendo colocadas por toda a extensão dos arcos para evitar atos de vandalismo. A nova iluminação, com 38 projetores, valoriza o patrimônio durante a noite. Dois carros da Guarda Metropolitana farão a vigilância dos Arcos durante 24 horas por dia até que todas as câmeras estejam instaladas.
A prefeitura gastou em torno de 800 mil reais com o restauro, recurso que veio do Fundo de Proteção do Patrimônio Cultural e Ambiental Paulistano (Funcap), mantido principalmente com as multas aplicadas a quem desrespeita normas de proteção ao patrimônio público.
A história dos ‘Arcos do Bixiga’ é acompanhada de polêmicas. Construídos como muro de arrimo entre 1908 e 1913 por artesão calabreses, a obra acabou sendo engolida pelo crescimento da cidade, de modo que casarões acabaram por ser construídos na frente e por cima dos arcos, que ficaram desaparecidos por décadas da paisagem paulistana. Em 1987 esses casarões foram demolidos para que fosse realizada a construção da interligação viária entre a Ligação Leste-Oeste e a 23 de Maio, mas a intervenção acabou permitindo que eles fossem redescobertos pela cidade e se transformassem em patrimônio histórico.
Com o tempo os Arcos sofreram inúmeros atos de vandalismo e em 2015 a prefeitura autorizou a realização de grafites no patrimônio, o que dividiu opiniões. A arquiteta Nádia Somekh, que à época era presidente do Conpresp e foi a responsável pela autorização, justificou a medida afirmando que a intervenção buscava dar mais visibilidade ao patrimônio, que sofria com as pichações. A prefeitura, porém, sofreu inúmeras críticas, principalmente dos moradores do próprio Bixiga, que entendem que os Arcos já são uma obra de arte e que e que sua memória e história jamais deveriam ser apagadas.
Saiba mais sobre a história dos Arcos acessando: http://www.portaldobixiga.com.br/arcos-do-bixiga/
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