Viaduto Júlio de Mesquita Filho
Julio de Mesquita Filho nasceu em São Paulo, em 14 de fevereiro de 1892, e sucedeu o pai no comando do Jornal o Estado de São Paulo a partir de 1927. Apoiou a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas à presidência da República e tinha como bases o voto secreto e fim da política dos governadores. Decepcionado com o descumprimento das promessas, organizou o movimento conhecido por Revolução Constitucionalista de 1932, que exigia do governo a promulgação de um novo conjunto de leis e cumprimento das promessas não cumpridas. Após a derrota na revolução partiu para o exílio e ao voltar fundou, junto ao cunhado Armando Salles de Oliveira, a Universidade de São Paulo, USP, através da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. A partir do golpe do Estado Novo, em 1937, Julio de Mesquita Filho foi preso 17 vezes e levado ao exílio pela ditadura. Em 1964 apoiou o golpe militar que derrubou João Goulart, mas rompeu com o governo logo após o AI-2. Faleceu em julho de 1969, aos 77 anos, em São Paulo, deixando o jornal para seu único filho, Júlio de Mesquita Neto.
O Viaduto Júlio de Mesquita Filho (não confundir com Ponte Júlio de Mesquita Neto, localizada sobre a Marginal Tietê) é um dos muitos que compõem o sistema viário da Ligação Leste-Oeste, que conecta o Viaduto João Goulart (o popular Minhocão) e a Radial Leste, e passa sobre as ruas Major Diogo e Humaitá. Seu tráfego de veículos é pesado durante o dia inteiro pois se trata de uma das vias de trânsito mais importantes da cidade de São Paulo. Em sua parte inferior projetos sociais ajudam a dar vida ao bairro do Bixiga, como a Bateria 013 e a Arena Bela Vista.