Rua Augusta
Esta rua foi nominada não por homenagem a nenhuma pessoa, mas sim pelo seu significado de Augusta: magnífica, majestosa. Os primeiros registros dessa via são de 1875, quando ainda era apenas uma trilha de terra batida. Alguns pesquisadores dizem que se chamava Rua Maria Augusta, embora não haja nenhum documento oficial a respeito. O português Mariano Antônio Vieira foi o responsável pela urbanização da trilha e consequente transformação em rua Augusta, como forma de criar um acesso mais rápido à região central da cidade. Vieira foi também o responsável pela urbanização da rua Real Grandeza, atual Avenida Paulista.
Como que por herança do nome, sempre foi mais que uma rua em São Paulo. Nos anos 60 foi um grande ponto de diversão. Na década de 70 se adaptou às grandes mudanças do crescimento urbano e nela surgiram inúmeras galerias e centros comerciais. Sofreu por um tempo com a degradação e a prostituição, mas é uma rua viva que sempre se reinventa. Hoje ela representa a dinâmica da cidade, com seus restaurantes, espaços de cultura, comércio e vida noturna. Foi cantada por grandes nomes da música como Roberto Carlos e Raul Seixas.
A ligação da Avenida Paulista com o centro depende de várias vias, e uma delas é a Rua Augusta. Mesmo sufocada pelo progresso, com a incapacidade de alargamento de suas faixas de rolagem em mão dupla, a Augusta ainda recebe tráfego pesado de quem precisa transitar entre essas regiões, independente do sentido. Possui um dos mais polêmicos terrenos da cidade de São Paulo, o quadrilátero do Parque Augusta, uma área privada cujo decreto da prefeitura transformou em parque público que aguarda investimento da iniciativa privada para ser aberto à população. É uma via que se divide entre vários bairros, e fora dos limites da Bela Vista, a Rua Augusta é a grande ligação com a nobre região do Jardim Europa.